Textos Para Planejamentos

TEXTOS PARA O PLANEJAMENTO DE ROTINAS SEMANAIS
DE SALA DE AULA

OBS: No arquivo filmes vocês encontrarão:  “A Cigarra e a Formiga”, “Os Três Porquinhos”, “A Galinha Pintadinha”, “O que eu vou ser quando crescer”.

A CIGARRA E A FORMIGA

Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:
- Ei, formiguinha, para que todo esse trabalho? O verão é para gente aproveitar! O verão é para gente se divertir!
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo para diversão. É preciso trabalhar agora para guardar comida para o inverno.
Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.
Um
belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha.
A cigarra então aconselhou:
- Deixa esse trabalho para as outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar! Vamos dançar!
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga.
Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la se divertindo, olhou feio para ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.
A rainha das formigas falou então para a cigarra:
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio.
 A cigarra nem ligou, fez uma reverência para rainha e comentou:
- Hum!! O inverno ainda está longe, querida!
Para cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Para que construir um abrigo? Para que armazenar alimento? Pura perda de tempo.
Certo dia o inverno chegou, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga.
Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio.
Puxou-a para dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.
Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra:
- No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante para nós.
Para cigarra e paras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.

CANTIGA DE RODA

Escravos de Jó (Versão Tradicional em SP)

Escravos de Jó jogavam caxangá.
Tira. Põe. Deixa ficar...
Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá.
Guerreiros com guerreiros fazem zigue-zigue-zá.

Escravos de Jó (versão Zé Pereira )

Escravos de Jó, jogavam caxangá
Tira, bota, deixa o Zé Pereira ficar...
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá.

Controvérsias quanto a Origem: A letra do jogo fazia alusão aos escravos que juntavam caxangá (uma espécie de crustáceo).  Escravos de Jó, exercita a lateralidade, a percussão e a destreza (…) O movimento cruzado de retorno e o vai-e-vem em ‘zigue-zigue-zá’ lembra os passos laterais do carangueijo e o bater das suas garras (…) Caxangá, sinônimo de siripu, designa um carangueijo do mangue e deu nome a um estilo de capoeira (…) Pode-se também jogar em pé, uns de costas para os outros, formando um círculo fechado e passando os objetos com os braços estendidos ao longo do corpo sem olhá-lo (…) O arranjamento musical prevê pandeiro, atabaque, chocalho, reco-reco, flauta e agogô.
Segundo Yeda Pessoa de Castro, especialista em línguas africanas e autora do livro "Falares Africanos na Bahia", "escravos de jó" é uma brincadeira que provavelmente guarda reminiscências de antigos africanos no Brasil. O jogo não tem origem bíblica, nem, por essa razão, foi inventado por monges, como dizem outros.Fonte(s): Yeda Pessoa de Castro
Especialista em Línguas Africanas e autora do livro "Falares Africanos na Bahia".
DINÂMICA:  ESCRAVOS DE JÓ
Formar um círculo – todos de pé cantarão a música escravos de Jô, porém ao invés de moverem algum objeto o movimento será feito com o próprio corpo.
Combinar antecipadamente que o movimento se dará através de pulos com os dois pés juntos iniciando para a direita.
Objetivo: o entrosamento para o sucesso das atividades.
Então ao cantar:
Escravos de Jó – pular para a direita
jogavam caxangá – pular para a direita
Tira – pular para a esquerda
põe, – pular para a direita
deixa ficar… – ficar parado
Guerreiros – pular para a direita
com guerreiros- pular para a direita
fazem zigue – pular para a direita
zigue – pular para a esquerda
zá – pular para a direita

CANTIGA DE RODA
Se esta rua fosse minha
Se esta rua,
Se esta rua fosse minha,
Eu mandava,
Eu mandava ladrilhar,
Com pedrinhas,
Com pedrinhas de diamantes,
Só pra ver, só pra ver
Meu bem passar
Nesta rua, nesta rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração
Se eu roubei, se eu roubei teu coração,
Tu roubaste, tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração,
É porque, é porque te quero bem

CANTIGAS DE RODA

Peixinho do mar
Quem me ensinou a nadar
Quem me ensinou a nadar
Foi, foi, marinheiro
Foi os peixinhos do mar.

Marcha soldado
Marcha Soldado
Cabeça de Papel
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel
O quartel pegou fogo
A polícia deu sinal
Acorda acorda acorda
A bandeira nacional .

Marinheiro só
Oi, marinheiro, marinheiro,
Marinheiro só
Quem te ensinou a navegar?
Marinheiro só
Foi o balanço do navio,
Marinheiro só
Foi o balanço do mar
Marinheiro só.

GALINHA PINTADINHA

A GALINHA PINTADINHA
E O GALO CARIJÓ
A GALINHA VESTE SAIA
E O GALO PALETÓ
A GALINHA ADOECEU
MAS O GALO NEM LIGOU
O PINTINHO INTELIGENTE
FOI CHAMAR O SEU DOUTOR
SEU DOUTOR ERA O PERU
ENFERMEIRO ERA O TATU
E AGULHA DA INJEÇÃO
ERA A PENA DO PAVÃO
AI, SEU DOUTOR
O REMÉDIO ADIANTOU
QUANDO FOI À MEIA NOITE
A GALINHA MELHOROU
.

OS TRÊS PORQUINHOS

O curta-metragem "Os Três Porquinhos", sob o título original de "Three Little Pigs” foi dirigido por Burt Gillett e lançado pela Walt Disney em 27 maio de1933. Sendo que em 1997 alguns curtas foram compilados e vendidos pela empresa de cinema. A versão dos três porquinhos é musicada por Churchill Frank, sendo a letra da música esta que apresento abaixo e o curta está disponível no arquivo Filmes.

Com palha eu faço a casa
Pra não me esforçar
Na minha casinha
Eu toco a flautinha
Eu gosto é de brincar!

De vara é minha casa
É onde eu vou morar
Mas eu não me amofino
Vou tocando violino
O que eu gosto é de dançar!

Eu faço a minha casa
Com pedra e com tijolo
Pra trabalhar não sei dançar
Pois não sou nenhum tolo

Ele não sabe brincar, nem cantar, nem dançar
Só o que sabe é trabalhar
Podem rir, dançar e brincar
Que não vou me aborrecer
Mas não vai ser brincadeira
Quando o lobo aparecer

Quem tem medo do Lobo mau, Lobo mau, Lobo mau?

Dou um soco no nariz
Eu dou-lhe um bofetão
Eu dou-lhe um pontapé
Derrubo ele no chão

Quem tem medo do Lobo mau, Lobo mau, Lobo mau?
 
 
O SENHOR MILHÕES
 
O Senhor Milhões herdara seu nome e seus milhões de outro Senhor Milhões, filho de um Senhor Milhões, neto de outro Milhões.
Tinha dinheiro como milho. Cofres de moedas de ouro, baús de moedas de prata, caixotes de moedas de cobre.
Os seus lençóis eram feitos de notas de conto, muito bem cosidas umas às outras; seus guardanapos eram notas de quinhentos; e em vez de papel na retrete usava notas de cem.
Redondo como uma moeda, o Senhor Milhões tinha umas perninhas curtas, que nunca andaram mais do que o espaço que ia da cama ao salão, da casa de jantar à entrada do jardim. Tinha uns bracitos delgados, que nunca haviam pegado em nada mais pesado do que um talher de prata.
A casa era forrada de espelhos. Neles se via, belo, reluzente, de careca muito polida como uma bola envernizada, óculos de aros de ouro, dentes de ouro, alfinete de ouro na gravata, botões de punho de ouro e moedas de libras de cavalinho a fazer de botões. Da algibeira pendia-lhe um relógio de ouro, a que nunca dava corda, pois as horas para si eram todas iguais, e na ponta de uma corrente enorme tilintava um molho imenso de chaves de todos os tamanhos e formatos.
           Possuía o Senhor Milhões um exército de criados: porteiros, motoristas, engraxadores, cozinheiros, limpadores de pó, enxotadores de moscas, jardineiros, carregadores, alfaiates, cultivadores do campo. Não faltavam sequer os capatazes, de chicote na mão, para os obrigar a trabalhar.
Em redor das suas terras, cercando as suas gentes, erguiam-se muros enormes, que ninguém podia transpor.
Mas certo dia, velho de centenas de anos, um dos portões enferrujou de todo. Foi preciso tirá-lo para o substituir. Então os homens de fora espreitaram as imensas quintas, as searas curvadas ao peso do trigo, os trabalhadores curvados ao peso do trabalho desmedido. Viram as flores vermelhas e as caras pálidas de abatimento. O palácio de mármore e as cabanas de palha. O Senhor Milhões, à janela, coberto de ouro e os seus homens esfarrapados e descalços.
Também os criados do grande ricaço se espantavam com o mundo que lhes foi dado a ver: as casas com seus quintais, as caras com seus sorrisos, as lojas com suas compras e o dinheiro nas mãos daqueles que trabalhavam.
De repente, como se uma força os puxasse, os criados do Senhor Milhões começaram a sair para a rua. Primeiro, com medo, um a um, hesitantes; depois, aos pares, aos grupos, aos bandos, em aluviões. Largavam enxadas, mata-moscas, tesouras, martelos; abandonavam rebanhos, manadas de touros, coelheiras e capoeiras. Cantavam e riam.
Habituado ao silêncio que nenhuma voz podia cortar, o Senhor Milhões surgiu à varanda. Atarantado, dava ordens e contra-ordens. Ninguém o ouvia.
Mandava chicotear, ordenava que prendessem.
Ninguém o ouvia.
Quando a noite desceu, estava sozinho com seus caixotes de moedas de cobre, baús de moedas de prata, cofres de moedas de ouro. Sentou-se à mesa - ninguém o serviu. Deitou-se - ninguém lhe apagou a luz. Enrolou-se nos lençóis de notas de mil, assoou-se a uma nota de cinquenta e toda a noite esperou que os criados voltassem.
Mas quando o dia raiou, nem um passo rangia nas salas, nem um vulto ao longe se vislumbrava. Então o Senhor Milhões, redondo, redondo como uma moeda, luzente, luzente como o seu ouro, sentou-se na poltrona dourada, cobriu-se de notas e deixou-se morrer de fome.


O que vou ser quando crescer

Tiuriu tiu-rá, Tiuriu tiu-rá, Tiuriu tiu
O que eu vou ser, quando eu crescer
Cantora ou doutora
Advogada ou professora
Posso ser, posso ser cientista
Engenheira ou jornalista
Uma profissão vou ter quando eu crescer
Eu vou estudar, eu vou me formar
Tiuriu tiu-rá, Tiuriu tiu-rá, Tiuriu tiu

Eu vou estudar, eu vou me formar, eu vou trabalhar, eu
vou estudar
Tiuriu tiu-rá, Tiuriu tiu-rá, Tiuriu tiú-rá


O que eu vou ser, quando eu crescer
Bombeira ou esportista
Arquiteta ou economista
Oh meu Deus! Oh meu Deus me ajude a decidir agora
A melhor profissão que eu vou ter quando crescer
Eu vou estudar, eu vou me formar, eu vou trabalhar
Tiuriu tiu-rá, Tiuriu tiu-rá, Tiuriu tiu.

Mara Maravilha.